A invasão da imagem em todas as atividades humanas foi consequência das tecnologias desenvolvidas e utilizadas nos estudos da Física desde o início do século XX. Nesse sentido, a imagem constitui-se no paradigma mais significativo para o desenvolvimento do conhecimento nesse século.
De maneira oposta a condição atual, as imagens
já foram proibidas e perseguidas pelas religiões, pois estas concebiam as imagens como pressuposto
de uma ambiguidade.
Porém, se as imagens não eram capazes de objetivar a comunicação, por outro lado tinham um outro mais interessante, o de inspirar
mudanças. Foi a imagem artística que introduziu o pensamento
mensurável dos espaços e com ele uma revolução de valores. A imagem não só instrumentalizou o conhecimento, como também teve e tem um papel estruturante do próprio conhecimento.
Vivemos em uma época
em que o consumo tecnológico é irreversível, essa é a era da imagem. Como diz Luiz Felippe Perret Serpa:"Hoje devemos
ver a imagem não como a representação da realidade mas como a própria
realidade." Para Serpa a fotografia é a própria realidade que compõe a
nossa vida pois ela constitui-se no fator estruturante da mesma realidade.
SERPA, Felippe. A imagem como paradigma. in SERPA Felipe
Rascunho digital: Diálogos com Felippe Serpa: Edufba, 2004, p. 129.