Criada por um grupo de 12 estudantes da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, a rádio iniciou suas atividades, de forma
experimental, em junho de 1985. Inicialmente, o transmissor, de apenas 6 watts
de potência, levava o sinal a apenas alguns bairros da Zona Oeste de São Paulo.
Em 20 de julho a emissora, com um equipamento mais potente, entrou no ar. A
primeira transmissão anunciava:
...Rádio Xilik. Rádio Livre
urgente, em 106.4 mHz, aberta a todos, exceto a generais ativos e passivos,
senhoras de Santana, falsários, mamães que dizem sempre mentirinhas,
falocratas, crianças que falam sempre a verdade, demagogos, juízes evangélicos....
Influenciados pelo movimento
de rádios livres na Europa, os integrantes da Xilik (entre eles o futuro
cineasta Marcelo Masagão, Caio Magri e o professor Arlindo Machado) defendiam
propostas anarquistas, o uso gratuito dos transportes públicos e a descriminalização
da maconha, entre outras causas.
Embora não tenha sido a
primeira rádio livre do país, a Xilik é considerada uma das mais importantes
para o início do movimento no Brasil. Sua experiência estimulou o surgimento de
outras emissoras, como Ítaca, Totó Ternura e Molotov, todas beneficiadas pelo
empréstimo de equipamentos da Xilik.
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